O Estripador de Yorkshire realizou seus assassinatos nos anos 70, matando cerca de 13 mulheres. Dentre essas mulheres, 11 eram prostitutas.
Peter William Sutcliffe nasceu em 2 de junho de 1946 em Bingley, West Riding of Yorkshire. Ele era o filho mais novo de 6, e era uma criança muito doente e muito apegada a mãe.
Sutcliffe quando criança era quieto e tímido, e seu pai, John Sutcliffe, era extravagante e nunca parava em casa. John maltratava sua esposa e provocava medo em seus filhos.
Ele possuía várias amantes, e não fazia questão de esconder os casos que tinha nem da esposa e nem dos filhos. Além de ser infiel, John Sutcliffe era machista e Dominante.
A personalidade de Peter foi moldada através das ações e do comportamento de seu pai. Pode-se dizer que o assassino que Peter se tornou, matando mulheres inocentes e despreparadas, foi criado pelo seu próprio pai.
Quando adulto, Peter chegou a trabalhar em um cemitério como coveiro e também no necrotério, por 3 anos.
Sua postura no serviço era um tanto quanto bizarra. Sutcliffe literalmente se divertia trabalhando com mortos. Ele assustava pessoas com partes de corpos humanos, roubava dos mortos, brincava com eles e não parecia ter medo algum.
Em 1969, John Sutcliffe descobriu que sua mulher o traia, então resolveu expor esse relacionamento extra conjugal para todos da família. Ele se passou pelo amante de sua esposa e marcou com ela de se encontrarem em um hotel, depois de fazer isso, ele chamou todos da família para irem com ele até esse lugar.
A reação de Peter ao ver aquela cena foi perturbadora. Peter amava sua mãe e era muito apegado a ela, e para ele, ver aquele cenário, o tornou mais frio do que já era, tendo a certeza de que não havia mulheres santas no mundo.
As vítimas
Sua primeira vítima fatal foi Wilma McCann, de 28 anos, ele a matou com cerca de 2 golpes de martelo e
15 facadas em lugares diferentes do corpo, no dia 30 de outubro de 1975. Seu
corpo foi encontrado em um descampado na região de Scott Road.
Na noite de 20 de Janeiro de 1976, Petter fez sua segunda vítima, Emily Jackson, de 42 anos. Ela era casada, porém devido a algumas dificuldades financeiras, resolveu se prostituir. Ele a golpeou 57 vezes com uma ferramenta (chave philips).
O próximo assassinato
ocorreu em 5 de fevereiro de 1977. Ele atacou Irene Richardson, 28 anos, uma
prostituta de Chapeltown, em Roundhay Park. Richardson foi espancada até a
morte com um martelo. Seu corpo foi encontrado em um parque.
Dois meses depois, a polícia encontrou o corpo de Patrícia Atkinson, 32 anos, em seu apartamento. Ela foi morta com golpes na cabeça e facadas no abdômen.
Sua próxima vítima foi uma estudante de 16 anos, Janye McDonald. Ela namorava e não se envolvia com prostituição, foi dita como uma pessoa alegre e que adorava andar de patins e dançar com os amigos. Seu corpo foi mutilado e encontrado ao lado de um parquinho.
Em outubro de 1977, junto com o corpo de sua sexta vítima, Jean Jordan, o estripador acabou deixando uma pista para os policiais.
O corpo de Jean foi encontrado ao lado de um cemitério, a prostituta tinha 20 anos,e foi morta a aproximadamente 60 quilômetros de distância das outras vítimas.
Na bolsa de Jean, em um compartimento fechado, havia uma nota de 5 libras. Essa nota poderia dar a polícia a localização do assassino, visto que provavelmente o dinheiro tinha sido usado para pagamento (salário) do mesmo.
Após o rastreamento da nota, os policiais chegaram a Peter Sutcliffe, de 31 anos. Ele foi interrogado duas vezes, e sempre dizia que na noite dos assassinatos estava com sua esposa.
Em outra cidade, em meados de 1978, Yvonne Pearson de 21 anos foi encontrada morta, com um jornal em seus braços.
Em um espaço de 5 meses,Peter matou mais duas mulheres, Vera Milward de 40 anos e Helen Rytka de 18.
Enquanto essas mortes aconteciam, ninguém desconfiava de Peter, o único suspeito do caso.
Em Abril de 1979, o estripador volta a atacar. Dessa vez a vítima foi Josephine Whitaker, de 19 anos, ela foi morta quando voltava pra casa. Josephine não era prostituta.
Após o assassinato de 10 mulheres, uma fita cassete foi entregue aos policiais pelo suposto estripador.
Nela, um rapaz de sotaque marcante dizia:
"Meu nome é Jack, estão tão longe de me pegar quanto há quatro anos, quando eu comecei."
Com essa fita, os policiais resolveram descartar alguns lugares por causa do sotaque do rapaz, e voltaram suas investigações para Sunderland. Com essa decisão, o detetive Andy Laptew e seu parceiro resolveram interrogar Peter novamente, após seu caminhão ser avistado nas redondezas de uma área de prostituição 39 vezes.
Sutcliffe não apresentava reações ao decorrer da interrogação, se mostrando normal e frio, na verdade frio até demais, para as atrocidades cometidas.
O retrato falado das vítimas não fatais de Peter denunciava a semelhança entre eles, e após vários fatos constatados e incertezas, o detetive Andy resolveu fazer um relatório a respeito de Sutcliffe.
O relatório não foi aceito pelos policiais chefes do caso, pois Peter não tinha o sotaque da fita cassete, e nem sequer estava na restrição de local que eles haviam decidido investigar. Infelizmente um erro fatal para mais duas mulheres.
O estripador de Yorkshire foi investigado mais de 10 vezes, e em todas elas, foi considerado inocente de qualquer acusação.
Após saber das rondas policiais pelas áreas de prostituição, Peter se distanciou delas e resolveu mudar o jeito de agir. Sendo assim, no dia 2 de Setembro de 1979, Barbara Leach, estudante, foi encontrada em um vão para se colocar latas de lixo.
O caso já somava 11 mortes.
No ano seguinte, mais dois assassinatos, porém, nenhumas delas era prostituta. As vítimas foram Jacqueline Hill e Margarite Walls.
Prisão
Em 2 de janeiro de 1981,
Sutcliffe foi parado pela polícia em outro estado. A seleção da polícia revelou
que o carro estava equipado com placas falsas e Sutcliffe foi preso por este
crime e transferido para a Delegacia de Polícia Dewsbury, West Yorkshire.
Na delegacia ele confessou
ser o estripador de Yorkshire.
Já na prisão, Peter revelou que matou todas as 13 mulheres pois estava em uma missão divina, que Deus ordenou que ele livrasse o mundo das prostitutas, disse que Deus falou com ele através de um túmulo.
"Foi uma coisa que eu achei maravilhoso na época, eu ouvi o que acreditava ser, eu ainda acredito.
A voz de Deus.
Eu lembro de receber a mensagem daquele túmulo".
Para os investigadores, tudo isso não passava de mentiras bem elaboradas, para que Peter pudesse se safar de uma pena mais severa. Na verdade eles achavam que ele cometera todos esses assassinatos pois, em 1969, Peter descobriu a traição de sua namorada, e como vingança resolveu procurar uma prostituta, porém, ele não conseguiu ter uma ereção, e foi humilhado por essa mesma prostituta dias depois, ao encontrá-lo em um PUB.
Julgamento
Em 1981, Peter foi julgado em Londres, acusado de 13 homicídios e 7 tentativas de homicídio.
Sua defesa alegou que ele sofria de Esquizofrenia paranoide, mas a alegação foi rejeita pelo júri, e Peter Sutcliffe foi sentenciado culpado por todas as acusações, sendo assim condenado à 20 prisões perpetuas.
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