Vampiro-mania

Boa noite. *--*

     Infelizmente a nossa querida Melissa permanecerá afastada por mais um tempinho, mas estamos ansiando a volta dela no comando do blog.

     Hoje eu procurei algo bem interessante: Vampiros... Nem todos são fãs, eu sei. Mas, a postagem de hoje é para matar a curiosidade, afinal, amantes do terror também são curiosos. Reuni 8 curiosidades bem legais sobre essas criaturas noturnas e amadas por muitos e detestadas por muitos também!

  1 - QUAL FOI O PRIMEIRO CASO DE VAMPIRISMO?

      Foi o sérvio Peter Plogojowitz, que morreu em 1728, aos 62 anos, no vilarejo de Kisolowa. Três dias após bater as botas, ele apareceu à noite e pediu comida ao filho, que o atendeu. Fez o mesmo dois dias depois, mas o garoto negou ajuda... E apareceu morto pela manhã.

      Logo, vizinhos adoeceram e relataram que, em seus sonhos, Plogojowitz lhes mordiam o pescoço e chupava o sangue. Não demorou para que alguns morressem com sinais de perda de sangue. Então, abriram o caixão do Plogojowitz, e ele estava com os olhos abertos e a face corada. E mais: seu cabelo e unhas pareciam ter crescido. Como deduziram que Plogojowitz era um vampiro, lhe fincaram uma estaca no peito e seu corpo foi queimado. A história foi narrada pelo marquês d'Argens em Lettres Juives.

2 - QUEM FOI O TEMIDO VAMPIRO DE DÜSSELDORF?

      Foi o alemão Peter Kürten (1883 - 1931), um serial killer que aterrorizou a cidade de Düsseldorf em 1929 e 1930. Ele matou pela primeira vez aos 9 anos, ao empurrar um colega na água. Oito anos depois, ao tentar fazer uma nova vítima, acabou preso. 

      Após passar quatro anos no xilindró, Kürten voltou a praticar crimes. Ele sentia prazer em ver o sangue de suas vítimas jorrar e, acredita-se, sofria de um mal chamado hematomania, que o fazia beber o sangue das pessoas.

      Em maio de 1930, uma moça que escapou de ser estrangulada identificou Kürten, que foi preso. Ele foi decapitado em 2 de julho de 1931. Sua história deu origem ao filme M, O Vampiro de Düsseldorf, de Fritz Lang.

3- COMO FOI A HISTÓRIA DO VAMPIRO DE LONDRES?

         Quando criança, o inglês John George Haig (1910 - 1949) tinha um pesadelo recorrente: Perdido numa floresta, um homem misterioso lhe oferecia uma tigela de sangue. Antes de beber, acordava exaurido. Ele interpretou que isso era um sinal: Precisava beber sangue para ficar forte. Começou mutilando os próprios dedos e chupando sangue.

         Já adulto, virou um assassino serial. Ele cortava o pescoço das vítimas, sorvia o sangue e derretia os corpos numa tina de ácido sulfúrico, para não deixar pistas. Não deu certo: numa investigação, a polícia encontrou pedaços de corpos que não se desintegraram na tina. Haig foi enforcado em 10 de agosto de 1949 e virou uma das atrações do museu de Cera Madame Tussauds, em Amsterdã (Holanda).

4- ANTIGAMENTE, COMO A CIÊNCIA EXPLICAVA OS CASOS DE VAMPIRISMO?

Corpo Preservado: No passado, como pouco se sabia sobre o processo de decomposição de cadáveres, se um caixão fosse aberto e o corpo estivesse relativamente conservado- o que pode rolar dependendo das condições de temperatura, umidade e tipo de solo-, a pessoa logo era considerada um vampiro.

Sangue Maléfico: Outro indicio de que um defunto era um maligno morto-vivo era a presença de sangue no nariz ou na boca. O que não se sabia naqueles tempos é que isso é considerado normal, pois, durante o processo de decomposição do corpo, sangue e outros fluídos podem ser expelidos pelas cavidades do cadáver.

Corpos Retorcidos: O atraso da medicina da época fez muita gente ser enterrada viva, como os portadores de catalepsia, que imobiliza o corpo. Essas pessoas tentavam sair do caixão. Como não conseguiam, seu corpo ficava retorcido e com expressão de pavor no rosto. Por isso, os incautos pensavam se tratar de vampiros.

Palidez Excessiva: Os portadores de porfiria, rara enfermidade catalogada somente no século 19, eram comumente confundidos com vampiros. Essas pessoas têm a boca e os dentes avermelhados, sofrem de delírios e não suportam a luz solar. Por não saírem durante o dia, têm a pele muito pálida, tal qual os sugadores de sangue.

Epidemias Letais: Muitas vezes, a morte em massa resultante de epidemias, como a de raiva, cólera ou peste bubônica, era atribuída à ação dos vampiros. A coisa ficava ainda pior porque os portadores de peste bubônica tinham sangramento pela boca e as vítimas da raiva sofriam de hipersensibilidade à luz solar.

Unhas e Ventre crescidos: Por causa do refluxo da pele, as unhas e os cabelos dos ortos parecem continuar crescendo. Alem disso, bactérias presentes na cavidade abdominal podem fazer a barriga inchar. Para muitos, isso provava que a pessoa continuava viva e saia de sua tumba para se alimentar à noite.

5- AINDA HÁ SUSPEITA DE VAMPIRISMO NA ROMÊNIA?

       Sim, e a prova disso é Petre Toma. Seis semanas depois de sua morte, em 2003, seu túmulo no cemitério Marotinu de Sus, na zona rural da Romênia, foi aberto. Em seguida, sua cabeça cabeça foi separada do corpo e o coração arrancado do peito.

      Os autores do macabro ritual, similar ao que os romenos faziam séculos atrás quando desconfiava que alguém era um vampiro, foram seis membros da família de Toma, entre eles um cunhado, a própria viúva. e uma neta!

      Eles disseram que, após a morte de Petre, passaram a se sentir fracos e a ter visões noturnas com ele, que parecia um vampiro. Então, decidiram resolver a situação dando um fim ao cadáver. A polícia descobriu a violação pouco depois e prendeu os acusados.

6- ESSES MORTOS VIVOS PODEM TRANSAR E TER FILHOS?

       Transar, sim. Mas, apesar de serem criaturas muito sensuais e entregaram aos prazeres da carne, vampiros não se produzem pela via sexual. Isso porque eles ficam estéreis na hora da transformação. A única forma de perpetuação da espécie é atacar e morder o pescoço dos humanos, que depois se transformam em novos vampiros.

      Por perderem sua função e por absoluta falta de uso, os órgãos internos do aparelho reprodutor dos vampiros (testículos, próstata,  epidídimo) e das vampiras ( útero, ovário, tubas uterinas) se atrofiam. Mesmo assim, a produção dos hormônios sexuais, aparentemente, não sofre alteração, o que explicaria o desmedido apetite sexual dessas criaturas.

7- JOGAR SEMENTES NO CHÃO PROTEGE DOS VAMPIROS?

      Sim. Segundo o folclore do Leste Europeu, em função de seu comportamento obsessivo, os vampiros param o ataque para contar uma a uma sementes.

      Por isso, um meio de se proteger dessas criaturas era espalhar sementes no chão, no topo do túmulo do vampiro ou do lado de fora das casas.

      Melhor ainda se, junto das sementes, fosse deixada uma unha, pois quando o danado a encontrasse recomeçaria a contagem do zero.

      E, se a tarefa durasse bastante tempo, a estratégia seria ainda mais bem-sucedida, pois  o dia amanheceria e os raios de sol dizimariam o morto-vivo rapidamente.

8- COMO OS SUGADORES DE SANGUE SÃO RETRATADOS NA LITERATURA BRASILEIRA?

      Por muito tempo, os escritores brasileiros passaram longe dos vampiros.

      Um dos primeiros foi o primeiro infanto-juvenil O Vampiro Que Descobriu o Brasil, de Ivan jaf, de 1999. Até hoje, no entanto, o gênero carrega o estigma de ser coisa de adolescente. André Vianco é a exceção: Com 440 mil livros vendidos, têm fãs fiéis e vive de direitos autorais. O autor assinou contrato com uma editora, a Novo  Século, depois de imprimir e vender, por conta própria, mil cópias de sua obra estreia, Os Sete, de 2000.

      Com o sucesso de Vianco e de Crepúsculo outros autores passaram a destacar, como a maranhense Nazarethe Fonseca. Sua saga Alma e Sangue (Novo Século) teve dois livros na lista de mais vendidos. Além dela, há outros nome promissores.

Fonte: Mundo Estranho, edição 98-A, editora Abril.



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