sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Invocação do Mal - A verdadeira História


Nos anos 1970, o casal de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren ajudou uma família aterrorizada por eventos estranhos em sua casa no interior de Rhode Island, nos Estados Unidos, eles também estiveram envolvidos nos casos de Amityville e da família Snedeker, cuja a história serviu de base para o filme Evocando Espíritos.




Os Warren afirmam que sua investigação do caso conhecido como "Harrisville Haunting" (“Assombração em Harrisville” / “Caso Harrisville”) ou "Perron Haunting Family" (“Assombração da Família Perron”),  "foi a investigação mais intensa, convincente, perturbadora e importante" de suas carreiras.
 Roger Perron, sua esposa Carolyn, e suas cinco filhas Andrea (Annie), Nancy, Christine, Cindy, e April sofreram uma década de tortura por parte dos espíritos que ocuparam sua casa, chamada de  Velha Fazenda Arnold.
No inverno de 1970, Roger e Carolyn Perron compraram a residência onde pretendiam criar suas 5 filhas. A casa fora construída em um terreno amplo e até onde sabiam, 8 gerações da família anterior haviam vivido ali.

Segundo Andrea, assim que se mudaram começaram a presenciar algumas manifestações e
Família Perron
a ver espíritos vagando pela casa. Mas até então todos benignos e alguns deles pareciam ignorar completamente a presença dos Perron na residência. No geral eram bem pacíficos. Havia um que sempre cheirava as flores, outro que dava beijos de boa noite nas crianças e até um que parecia pegar uma vassoura e varrer a residência.

Além disso, haviam outros tipos de manifestações típicas de uma casa assombrada, mas as que mais chocavam eram as manifestações de fantasmas “maus”. Alguns puxavam as pernas e os cabelos das meninas no meio da noite. Outros batiam na porta da frente da casa com tanta força que toda a casa tremia. Algumas portas se fechavam sozinhas enquanto outras permaneciam congeladas no lugar, impossíveis de serem fechadas, não importando quanta força fosse aplicada a elas. Uma entidade na casa mantinha rotineiramente a família acordada, pois choramingava continuamente no meio da noite: "Mamãe! Mamããããe!" enquanto outra aparição torturava Cindy de 8 anos de idade dizendo-lhe sem parar: "Há sete soldados mortos enterrados na parede", Havia também. Um som de algo que volta e meia se chocava contra a porta no meio da noite e que acordava a família toda. Era óbvio que haviam algumas almas perturbadas no lugar.



"Havia um que minha irmã chamava de 'Manny' e que era uma alma simpática. Achavamos que ele era Johnny Arnold, que cometeu suicídio no beiral da casa em 1700", disse Perron. "Ele aparecia na casa e meio que nos protegia. Ele sempre aparecia praticamente no mesmo lugar, em frente ao corredor, entre a sala de jantar e a cozinha e sempre se inclinava contra a porta. Ele tinha esse sorriso torto como se as crianças o divertissem. Assim que você o via e fazia contato visual, ele sumia."

Todos os membros da família viam os espíritos na casa e, claro, os moradores anteriores também os tinham visto. "Todo mundo que sabiamos ter vivido na casa passou por isso", disse Perron. "Alguns fugiram correndo e gritando por suas vidas. O homem que se mudou para iniciar a restauração da casa assim que a vendemos, saiu gritando sem o seu carro, sem suas ferramentas, sem sua roupa. Ele nunca mais retornou à casa, consequentemente, os proprietários das terras adjacentes que a compraram, também nunca se mudaram e ela ficou vazia por anos."

Porém, as coisas ficaram piores (se é que dava pra piorar) quando os Perron resolveram convocar o casal Warren, para fazer uma investigação e intervir em alguns fenômenos que ocorriam dentro da casa e que estavam perturbando a família.
Durante uma sessão, Os Warren acabaram acordando uma entidade nem um pouco agradável. Essa entidade se chama Bathsheba*
*Alma esquecida por Deus.



Bathsheba, o espírito maligno


Muitos dizem que essa entidade, Bathsheba Sherman, foi uma bruxa praticante do satanismo que tinha vivido na casa no início do século 19 e morreu ali depois de se enforcar em uma árvore atrás do celeiro. 

Há rumores também de que Bathsheba morreu de causas naturais aos 73 anos de idade. Seu corpo se transformou em pedra imediatamente após a sua morte e é claro que não há nenhuma evidência para apoiar as reivindicações.

Bathsheba Sherman foi acusada de bruxaria depois que um bebê morreu misteriosamente sob seus cuidados. Parece que o bebê morreu depois que uma agulha de tricô foi enfiada na base do seu crânio.

 Embora não houvesse provas suficientes para condenar Sherman de bruxaria ou assassinato, muitos moradores acreditavam que ela tinha matado a criança para honrar Satanás.

A história ainda conta que antes de morrer, Bathsheba amaldiçoou suas terras e a todos que viessem a viver no local. Mais de 25 mortes ocorreram naquelas terras. Todas sob circunstâncias misteriosas. A contagem inclui dois enforcamentos, um envenenamento, dois afogamentos, e quatro casos de homens congelados até a morte. Citando um livro de registro público local, Andrea também afirma que uma menina de onze anos de idade foi estuprada e morta na propriedade., Entretanto os registros oficiais indicam que a menina morreu de uma forma diferente. A precisão das outras mortes não é clara.

Segundo Andrea Perron, Bathsheba logo se mostrou extremamente agressiva e se via como a dona da casa. Ela sentia-se atraída por Roger, cobiçava as crianças e começou a fazer de tudo para botar Carolyn para fora da casa.

Nas palavras de Perron: "O que ela fez minha mãe passar, nenhum ser humano deveria ter que suportar. Ela aparecia para vários de nós, mas eu nunca a vi. Eu via muitos dos espíritos, mas eu nunca a vi, exceto em uma espécie de estado de sonho telepático. Quando ela parecia minha mãe, eu sonhava, ao mesmo tempo em  que ela estava aparecendo para minha mãe e a atormentando."

No início, Bathsheba tratava Carolyn de forma apenas "cruel". Carolyn fora beliscada, estapeada, e teve objetos jogados sobre ela. Seu maior medo, fogo, logo foi descoberto pela entidade e usado repetidamente para aterrorizá-la, Bathsheba batia tochas contra sua cama, enquanto exigia que ela deixasse a casa imediatamente.

Conforme o tempo passava, os ataques ficavam piores. Como por exemplo, um dia Carolyn estava deitada no sofá, quando sentiu uma dor aguda na panturrilha. Ela examinou a perna e encontrou um grande ferimento sangrando que parecia "como se uma agulha de costura grande tivesse espetado sua pele". Mais tarde, após frustradas ameaças para que Carolyn deixasse a casa, Bathsheba tomou um rumo diferente e tentou invadir Carolyn por dentro. Acreditando que Carolyn tinha sido possuída, os Perron chamaram os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren para ajudá-los.


Um artigo de agosto de 1977 no jornal local descreveu a aparência de Bathsheba:

"A Sra. Perron disse que acordou uma manhã antes do amanhecer e encontrou uma aparição ao lado de sua cama: a cabeça de uma velha pendurada de um lado sobre um velho vestido cinza. Havia uma voz reverberando: ‘Saia. Saia. Eu vou levá-la para fora com morte e tristeza."

O Casal Warren:

Lorraine e Ed Warren
Apesar de Ed e Lorraine Warren terem tentado dissipar os espíritos do mal, eles acabaram fazendo mais mal do que bem e nunca conseguiram livrar a casa do horror que os haviam colocado (diferente do filme). Carolyn Perron lembrou da "terrível noite" e explicou que, apesar das intenções dos Warren serem boas, eles perceberam que as coisas "pioraram em torno deles". Como a situação ficou fora de controle, Roger Perron exigiu que os Warren deixassem o local imediatamente.




 Antes de “expulsarem” os Warren, um padre do Vaticano foi até a casa e segundo Perron, andou pela casa, parando em cada cômodo e murmurando suas orações. Quando saiu, o homem disse: "Sinto muito Sra. Perron. Esta casa não pode ser limpa".

A família ainda permaneceu na casa durante 10 longos anos, rumores dizem que eles “escolheram” sofrer com os espíritos, pois não tinham uma renda suficiente para se mudarem, e assim que conseguiram se estabilizar, foram para a Geórgia.


Família Perron


Fatos Adicionais:


Andrea e Cynthia, a segunda mais nova das irmãs Perron, falam sobre como foi crescer no local e as lembranças que guardam até hoje (retirada do portal IG).


A chegada na casa

Cynthia:  Inicialmente, amávamos a fazenda. Mal podíamos esperar para chegar. Costumo dizer que vivíamos em um pedacinho do paraíso em uma parte do inferno. Mas a propriedade era absolutamente magnífica. Nada podia ser melhor para cinco meninas, ainda mais molecas como nós, que subíamos em árvores e muros de pedra. Mas a primeira coisa aconteceu quando estávamos fazendo a mudança. No momento em que levávamos as caixas para dentro de casa, vimos um homem. Achamos que era alguém da família (dos antigos donos) que estava nos ajudando. Mas todos tinham ido embora e ele ainda estava lá.

Andrea: Ele desapareceu em frente a (minha irmã) Nancy. Eu nunca o vi desaparecer, apenas o vi de corpo todo. Achava que era um homem normal, mortal. Nunca nos ocorreu, nem aos meus pais, que estávamos nos mudando para um casa mal-assombrada.

Objetos fora de lugar

Cynthia: As coisas estavam acontecendo a todos nós, mas não contávamos um para o outro. Estava com meus brinquedos em meu quarto, descia para pegar alguma coisa e, quando voltava, eles não estavam no lugar certo. Tinham sido movidos ou colocados embaixo da cama. Aí eu ia brigar com minhas irmãs e elas não sabiam do que eu estava falando. Foi assim que começou. Quando você percebe que ninguém mais está na casa, só você, e os brinquedos ainda estão mudando de lugar…não pode ser uma das suas irmãs.


Andrea: Começamos a culpar umas às outras. Éramos cinco meninas que dividiam tudo, se amavam loucamente. Mas quando mudamos para a fazenda, de repente só havia suspeita e briga. Não éramos crianças ricas, então valorizávamos nossos brinquedos. E quando as coisas começaram a desaparecer, as acusações surgiram. Um dia minha mãe colocou fim a tudo isso. Ela disse: “Seu pai e eu nos mudamos para as montanhas e compramos esta fazenda para que vocês tivessem um ótimo lugar para viver. E vocês têm mais do que a maioria das crianças deste planeta. Isso acaba agora”. Então percebemos o que estava acontecendo e tivemos uma espécie de transição espiritual. E foi aí que Cindy começou a dividir seus brinquedos com as crianças que apareciam no quarto dela para brincar.

A conversa com os pais

Andrea: Sim. Cindy ia até a minha cama e dizia: “Annie, estou ouvindo vozes e todos dizem a mesma coisa”. E eu perguntava o que eles diziam, e ela respondia: “Há sete soldados mortos na parede”. Oito gerações de uma família viveram e morreram naquela casa antes da nossa chegada. Depois de cinco ou seis meses, abordei minha mãe e disse que era hora de ela saber o que as minhas imrãs estavam dizendo. Um ou dois dias depois, quando meu pai chegou em casa, ela disse: “Precisamos conversar. Você precisa saber o que está acontecendo com a sua família”. Foi a primeira conversa que eles tiveram sobre as manifestações espirituais na casa.

Viver na casa por dez anos

Andrea:  Acho que estávamos destinados a ficar lá. Era quase como se a casa nos fizesse ficar lá. E é preciso lembrar que nos mudamos para a fazenda em janeiro de 1971, quando nossa economia estava muito ruim. O valor da propriedade só diminuía e meus pais tinham colocado tudo o que tinham na casa. Não podíamos apenas ir embora. E nós amávamos a fazenda. Alguns espíritos eram muito bons conosco, nos protegiam.

Os espíritos que viviam na casa

Andrea:  Dez ou doze espíritos eram frequentemente vistos por nós. Havia algo de natureza demoníaca naquela casa. E não sabemos se fomos nós quem os deixaram entrar. Mas acho que não. Acho que estavam lá há muito tempo. A tristeza que havia naquela casa…Podíamos voltar felizes da escola, mas cinco minutos em casa bastavam para acabar com a gente. 

Tínhamos alguns amigos próximos para quem contávamos as coisas. Mas mesmo os mais próximos não acreditavam. É preciso lembrar que éramos crianças absolutamente normais que viviam uma existência paranormal. Vivíamos entre duas dimensões. Então era possível passarmos ótimos momentos juntas. Podíamos ir para um parque de diversões com nossos pais e dar risada. E então voltávamos para casa, meu pai abria a porta e gritava, porque estava entrando em um lugar cheio de espíritos. E tudo mudava. A felicidade se dissipava instantaneamente.

Presa em um baú de madeira

Cynthia:  Quando nos mudamos, fazia muito frio, então começamos a brincar mais depois de seis meses. Uma vez, tive a ideia de me esconder em um baú de madeira que não tinha trinco ou trava, apenas uma tampa de levantar. Me escondi ali e ninguém vinha me achar. Quando tentei levantar a tampa, ela não abria. Comecei a entrar em pânico. Chutava, empurrava, gritava e ninguém me ouvia. Depois de 20 minutos, desisti. Então minha irmã Nancy veio e abriu a tampa. Eu estavam encharcada de suor, então ela percebeu que eu estava lá há muito tempo. Eu não conseguia respirar, foi muito ruim.

A chegada de Ed e Lorraine Warren

Andrea:  Nossa amiga Barbara foi vê-los em Putnam, porque eles faziam trabalhos na região. Eles foram informados sobre nós. Ficamos muito animadas e aliviadas porque podíamos falar sobre o que estava acontecendo com quem ouvia e acreditava.

As filmagens de "Invocação do Mal"

Andrea:  Sem a nossa mãe, fomos ao set e nos perguntaram se poderíamos dar uma entrevista. Cerca de uma hora e meia depois, do nada, veio um vento forte. Voaram as câmeras, telas, microfones, tudo. Eu olhei para o lado e nenhuma árvore estava se mexendo. Não estava acontecendo nada em nenhum outro lugar daquele set. Olhei para minha irmã Cris e disse: "A maldição de Bathsheba" (nome de um dos espíritos do filme).

 Ela concordou. No mesmo momento, minha mãe caiu e quebrou o quadril. Só recebemos a mensagem várias horas depois, é claro, porque não podíamos usar celular no set. Chegamos ao hospital logo depois da operação. Minha mãe estava muito sedada, não estava lúcida. As cinco filhas, as enfermeiras e o médico estavam no quarto. Ela sentou, me olhou e disse: "A maldição de Bathsheba". E então deitou de novo e dormiu até o dia seguinte.

A relação com a casa


Andrea: A casa nunca nos deixou, ainda que nós tenhamos deixado a casa. Nunca nos deixou e nunca nos deixará.



Os Perron

Andrea Perron escreveu uma sequência de três livros sobre suas experiências na casa:“House of Darkness House of Light” volumes I, II e III. Ela percorre o país dando palestras e recordando o tempo em viveu na casa mal-assombrada.



fontes: ultimosegundo.ig.com.brterrorama.com.br; assombrado.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário