Por que você continua a me
procurar? Você não pode me encontrar se eu não quiser. Eu sou a noite.
Mas
ainda assim, você sabe que estou aqui. Eu vejo você, tremendo enquanto
atravesso seu quarto. Você se contrai quando eu deslizo sob sua cama. Você pode
me sentir. Você sente a respiração na nuca de seu pescoço? Percebe minhas unhas
rasgando sua carne? Você encontra meus olhos na escuridão da noite? Sim, você
sabe que estou aqui. Eu sempre estive aqui. As coisas eram diferentes quando
você era jovem. Seus pequenos olhos podiam me ver. Você gritava, apontava para
mim, tentava se esconder atrás das grades de seu berço. Você continuava
gritando enquanto sua mãe te pegava de lá. Era somente quando ela acionava o
interruptor e trazia a luz em seu mundo patético que eu saia de lá. Mas isso
não importava, pois ela ia embora pouco depois; ela sempre ia embora. E eu
gostava de voltar para lá. Você aprendeu rapidamente que chorar não me
expulsaria de lá. Você então decidiu me ignorar, fingir que eu não estava lá.
Mesmo enquanto meu cabelo gorduroso se encostava sobre o seu rosto, e minha
respiração esquentava seu ouvido, você ainda me ignorava. Você ficou muito bom
nisso.
Eu tentei, é claro, marcar presença. Comecei com pequenas coisas: um sapato trocado de lugar, brinquedos rolando pelo chão, janelas abertas. Mas isso era muito fácil de ser ignorado por você, muito simples de se explicar. Você se lembra do Fofo? Aquela criatura pútrida que você tanto adorava? Aquele que mamãe te disse que havia fugido? Bem, eu lhe asseguro que ele não estava em estado adequado para fugir quando acabei com ele. Você se lembra do Pequeno Sofia? Aquela criança preciosa que compartilhava seus doces com você? Você sempre prestava atenção nela, nunca a ignorou. Eu a odiava. Foi uma pena quando o acidente aconteceu. Que infeliz para uma criança inocente ser vítima de um cão raivoso. Como eu ri quando ouvi sua mãe dizer isso. Um cão raivoso?! Não sobrou nem sequer o rosto dela, sabe? Eu acabei de empolgando demais; o gosto do sangue, os gritos estridentes no meu ouvido, eles tomaram conta de mim. Mas ainda assim, você me ignorou.
Você se tornou mais retraído depois disso, passava horas no computador, calado em seu quarto. Foi muito bom no inicio, estávamos mais pertos do que nunca. Você ficava acordado até tarde, e eu ficava observando por cima de seu ombro, enquanto você navegava pela internet, procurando a melhor forma de acabar com sua vida miserável. Chegou a tentar uma vez também, mas a corda rompeu, você se lembra? Bem, eu simplesmente não podia deixá-lo escapar tão facilmente. Não podia deixar você passar a perna em mim. EU decidirei quando você for; sua vida é minha para tirar somente quando eu quiser.
Então, pouca coisa mudou desde então. Claro, você arrumou um emprego, você se mudou, mas eu te segui. Você ainda passava horas sentado em frente ao computador todas as noites, acabando com seu tempo, entorpecendo seus sentidos, de modo que você possa adormecer sem sofrimento através daqueles momentos entre a consciência e o sono. Aqueles momentos em que você tem um vislumbre de mim passando através de seu quarto, onde você pode ver o brilho dos meus olhos e sentir o frio que eu transbordo. Como eu adoro esses momentos... Você se esqueceu de mim, mas sabe que eu ainda estou aqui. Você liga as luzes, em seus momentos mais corajosos, procurando por mim. Mas quando você se livra da escuridão, eu também vou embora com ela, pois eu também sou a escuridão. Eu sou a escuridão de sua alma.
Eu nunca vou te deixar, pelo menos não sozinho. Em alguma noite você ainda me encontrará, com toda a minha terrível majestade, mas eu serei a ultima coisa que você verá em sua vida.
Eu tentei, é claro, marcar presença. Comecei com pequenas coisas: um sapato trocado de lugar, brinquedos rolando pelo chão, janelas abertas. Mas isso era muito fácil de ser ignorado por você, muito simples de se explicar. Você se lembra do Fofo? Aquela criatura pútrida que você tanto adorava? Aquele que mamãe te disse que havia fugido? Bem, eu lhe asseguro que ele não estava em estado adequado para fugir quando acabei com ele. Você se lembra do Pequeno Sofia? Aquela criança preciosa que compartilhava seus doces com você? Você sempre prestava atenção nela, nunca a ignorou. Eu a odiava. Foi uma pena quando o acidente aconteceu. Que infeliz para uma criança inocente ser vítima de um cão raivoso. Como eu ri quando ouvi sua mãe dizer isso. Um cão raivoso?! Não sobrou nem sequer o rosto dela, sabe? Eu acabei de empolgando demais; o gosto do sangue, os gritos estridentes no meu ouvido, eles tomaram conta de mim. Mas ainda assim, você me ignorou.
Você se tornou mais retraído depois disso, passava horas no computador, calado em seu quarto. Foi muito bom no inicio, estávamos mais pertos do que nunca. Você ficava acordado até tarde, e eu ficava observando por cima de seu ombro, enquanto você navegava pela internet, procurando a melhor forma de acabar com sua vida miserável. Chegou a tentar uma vez também, mas a corda rompeu, você se lembra? Bem, eu simplesmente não podia deixá-lo escapar tão facilmente. Não podia deixar você passar a perna em mim. EU decidirei quando você for; sua vida é minha para tirar somente quando eu quiser.
Então, pouca coisa mudou desde então. Claro, você arrumou um emprego, você se mudou, mas eu te segui. Você ainda passava horas sentado em frente ao computador todas as noites, acabando com seu tempo, entorpecendo seus sentidos, de modo que você possa adormecer sem sofrimento através daqueles momentos entre a consciência e o sono. Aqueles momentos em que você tem um vislumbre de mim passando através de seu quarto, onde você pode ver o brilho dos meus olhos e sentir o frio que eu transbordo. Como eu adoro esses momentos... Você se esqueceu de mim, mas sabe que eu ainda estou aqui. Você liga as luzes, em seus momentos mais corajosos, procurando por mim. Mas quando você se livra da escuridão, eu também vou embora com ela, pois eu também sou a escuridão. Eu sou a escuridão de sua alma.
Eu nunca vou te deixar, pelo menos não sozinho. Em alguma noite você ainda me encontrará, com toda a minha terrível majestade, mas eu serei a ultima coisa que você verá em sua vida.
fonte: Creepypasta Brasil
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